quinta-feira, 15 de julho de 2010

A Academia Mineira de Letras;

Fundada em 25 de dezembro de 1909 por um grupo de intelectuais juiz-foranos de elevada cultura e engajamento social, pontificando entre eles Antônio Vieira de Araújo Machado Sobrinho, Eduardo de Menezes, Heitor Guimarães, Francisco Eugenio Brant Horta, Amanajós de Araújo, José Rangel, Lindolfo Gomes, Belmiro Braga, Albino Esteves, Francisco Lins, Luiz de Oliveira e Dilermando Cruz, que elegeram os seguintes dezoito membros: Estevam de Oliveira, Bento Ernesto Junior, Mário de Lima, Franklin de Magalhães, Mendes de Oliveira, Aldo Delphino, Nelson de Senna, Diogo de Vasconcelos, Francisco Mendes Pimentel, Alphonsus de Guimaraens, Joaquim José da Costa Senna, Arduino Bolívar, Carlindo Lélis, Carlos Góes, Mario de Magalhães, José Paixão, Augusto Massena e João Lucio Brandão, que completaram o numero de trinta acadêmicos. Para seguirem o modelo francês e da Academia Brasileira, fundada em 1897 por Machado de Assis e seus companheiros, posteriormente esses se reuniram e elegeram mais dez membros para fixarem o número simbólico de quarenta acadêmicos, tal como a Academia Francesa e a Academia Brasileira de Letras. São eles os seguintes: Álvaro da Silveira, Avelino Fósculo, Carmo Gama, Dom Joaquim Silvério de Souza (então bispo de Diamantina), Olympio de Araújo, Francisco Augusto Pinto de Moura, José Eduardo da Fonseca, Gustavo Penna, Aurélio Pires e José Thomaz de Carvalho Brito. Tendo Mendes Pimentel resignado sua cadeira, foi eleito o senhor Navantino Santos para sua vaga. Foi eleito para seu primeiro presidente o confrade Eduardo de Menezes e para secretário o poeta e educador Antônio Vieira de Araújo Machado Sobrinho.

Não estranhe o leitor ter sido a Academia Mineira fundada em Juiz de Fora e não em Belo Horizonte, capital do estado. Aquela cidade sulina se encontrava em pleno fastígio político e econômico, sendo inclusive cognominada a “Manchester” mineira pela alta expressão da sua cultura, vida econômica e social; enquanto que Belo Horizonte encontrava-se ainda nos albores da sua auto-afirmação como centro econômico e sócio-cultural do estado. As letras e as artes, como se sabe, sempre estiveram profundamente vinculadas à vida econômica local, uma girando como satélite da outra. Posteriormente, em 1915, a Academia Mineira foi transferida para a capital de Minas, quando esta já adquirira força e expressão econômica e cultural no estado e já havia sedimentado a sua liderança na economia e na cultura montanhesa.

Pelos umbrais da Academia Mineira de Letras já passaram todas as expressões máximas da nossa grei, das nossas letras, cultura , arte e política.

2 comentários:

Clevane_em_Pessoa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Clevane_em_Pessoa disse...

Parabéns por este blog-por acaso, chego a ele e eu que sou apaixonada pela Manchester Mineira,onde estudei, trabalhei, fiz amigos e tenho um filho dessa cidade apaixonante, da qual sou filha de coração.Obrigada por publicarem o discurso (abaixo) que a Acadêmica da AFEMIL, a premiada poeta e prosadora Angela Togeiro,quando tomei posse na Academia Feminina Mineira de Letras. Sem dúvida, essa paresentação garantiu-me os votos à Cadeira número 5, Cecília Meireles.Quando for visitar a cidade, quero tentar conhecer a AML e os acadêmicos.
Quem escrever ou for artista, pode mandar textos e artes para clevaneplopes@yahoo.com.br.Aguardo visitas em clevanepessoa.net/blog.php
Minhas cordiais saudações.
Clevane

28 de julho