quarta-feira, 21 de abril de 2010

Os Inconfidentes
Ataíde Lemos*
No fim do século XVIII, tempo do Brasil colonial
Houve o primeiro movimento para libertar o país de Portugal
Foi no ciclo do ouro e aconteceu em terras mineiras
A conspiração de notáveis, que não aceitavam a roubalheira.

Toda riqueza que aqui se produzia, embora ia
Quando mais ouro se extraia, mais Portugal queria
Esta pressão fez com que difundisse o sonho de liberdade
Pois o Brasil não aceitava tamanha tirania e crueldade.

Dentre os inconfidentes um líder se destacava
O alferes Francisco José da Silva Xavier
Que pelo apelido Tiradentes todos o chamava.

Infelizmente, no movimento havia um traidor
Que aquele sonho de liberdade fez se dissipar
Porem surgiu heróis que tanto nos faz orgulhar.

*Ataíde Lemos é Poeta e Escritor
"O pega de Bicas"
Governo de Minas recua e revoga conderocação a médico condenado por matar cinco pessoas de uma mesma família em acidente automobilístico.

A entrega da Medalha da Inconfidência, prevista para a manhã desta quarta-feira, 21/04, em Ouro Preto, teve a lista de agraciados alterada pelo Governo de Minas. O nome do médico Ademar Pessoa Cardoso, de 60 anos, condenado a 12 anos e oito meses de prisão pela morte de cinco pessoas de uma mesma família num acidente de carro na estrada que liga Bicas a Mar de Espanha, em 1996, foi excluído da lista, em ato assinado pelo governador Antonio Anastásia, que será publicado nesta quarta-feira, no Diário Oficial do Estado.

Ademar seria um dos 279 agraciados, entre ministros de Estado, parlamentares, artistas, professores e profissionais liberais. Segundo a assessoria de imprensa do governador, a indicação do nome de Ademar Pessoa Cardoso ao Conselho que elabora a lista de homenageados com a Medalha foi do senador Eduardo Azeredo (PSDB). A homenagem seria pelos 30 anos de profissão de Ademar, mesmo como médico, tendo fugido do local do acidente e não prestado socorro às vítimas.

O pega de Bicas, como ficou conhecido, foi o primeiro caso em Minas a levar seus envolvidos a júri popular, abrindo precedente para que os acidentes de trânsito com mortes fossem julgados como homicídio doloso, quando os envolvidos ao dirigir em alta velocidade assumem o risco de matar alguém. O outro envolvido é o empresário Ismael Keller Loth, de 40 anos, que a exemplo de Ademar, mesmo condenado, aguarda julgamento de recursos em liberdade.

A Medalha da Inconfidência é considerada a maior comenda concedida pelo Estado de Minas. É entregue desde 1952, com três designações: Grande Medalha, Medalha de Honra e Medalha da Inconfidência, além do Grande Colar concedido a chefes de Estado. Ademar estava incluído na lista de agraciados com a Medalha da Inconfidência.
Postado por Carlos Ferreira às 21:19
"O pega de Bicas"
O médico condenado no acidente que ficou conhecido como "o pega de Bicas" é condecorado pelo governo de Minas com a Medalha dos Inconfidentes.

O médico Ademar Pessoa Cardoso é acusado de participar de um "pega" automobilístico que vitimou cinco pessoas da mesma família, em Bicas, na Região da Zona da Mata Mineira.

Levado a júri popular em maio de 2005, o médico foi condenado a 12 anos e nove meses de reclusão, por crime de dolo eventual, ou seja, embora não tenha havido a intenção de obter o resultado, o réu, com a sua conduta, assumiu o risco de produzi-lo.

O acidente aconteceu na rodovia que liga Bicas a Mar de Espanha e matou cinco pessoas da família Carnaúba.

Além do médico, o empresário Ismael Keller Loth é o outro acusado de participar do "pega".

O CASO
No dia 05 de abril de 1996, uma Sexta-Feira da Paixão, na rodovia que liga Bicas a Mar de Espanha, MG-126, uma estrada sinuosa e sem acostamento, o médico Ademar Cardoso e o industrial Ismael Keller Loth, ao volante de um Fiat Tempra e de uma camionete Blazer, respectivamente, disputavam um "pega". Os dois haviam feito, em público, uma aposta de dois mil reais a serem pagos a quem chegasse primeiro ao destino.

Combinaram ainda que o Tempra não poderia ultrapassar 180 quilômetros por hora porque a Blazer não chegava a tal velocidade. Na localidade de Santa Helena, a Blazer dirigida por Ismael bateu de frente num Fusca dirigido por Júlio César Ferreira, que morreu na hora, junto com a mulher dele, Adriana. No acidente também morreram as duas filhas do casal: Vitória, de dois anos, e Teodora, de 6 meses, e Izabel, de 88 anos, tia de Adriana. Apesar de ser médico, o motorista do Fiat Tempra deixou de prestar socorro às vítimas.
Postado por Carlos Ferreira às 12:34